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O futebol do Vasco da Gama tem um novo dono. Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada neste domingo, os sócios vascaínos aprovaram a venda de 70% SAF do clube para a 777 Partners. A decisão foi aprovada com 3.898 votos favoráveis, 976 contrários, 18 nulos e 15 em branco, totalizando uma aprovação de 79,44%.
O Vasco tinha 6.385 sócios aptos a votarem na AGE deste domingo, mas somente 4.907 participaram da Assembleia e 1.478 não votaram. Como esperado, grande maioria dos vascaínos optou pelo voto online e poucos foram até a Sede do Calabouço para votar presencialmente, no entanto, muitos torcedores aguardaram durante todo o dia nos portões da sede para acompanhar a votação. Ao final dela, às 22h, foi liberada a entrada do público presente para a divulgação do resultado.
Com a aprovação da venda da SAF, a 777 Partners já começa a tomar conta do futebol do clube a partir desta segunda-feira. Algumas questões burocráticas ainda precisam ser formalizadas, mas a empresa americana já vai passar tomar as decisões referentes ao futebol do Cruz-Maltino.
O investimento de R$ 700 milhões será feito em até três anos, incluindo os R$ 70 milhões que foram emprestados ao clube após a assinatura do memorando de entendimento em fevereiro e a aprovação do Conselho Deliberativa. Além disso, a empresa americana vai assumir as dívidas do clube, com um limite de até R$ 700 milhões.
Por contrato, a Vasco SAF será obrigada a proteger a “identidade e as tradições vascaínas”. A propriedade intelectual (marcas e símbolos) irá permanecer na propriedade da Associação, sendo firmado contrato de cessão de uso de marcas com a Vasco SAF para as atividades do futebol, mediante o pagamento de royalties fixos no valor de R$ 1 milhão por ano (atualizados pelo IPCA) ao CRVG. O Estádio de São Januário também permanece com o clube, mas sendo firmado um contrato de locação para a Vasco SAF.
Agora, o Vasco faz parte do grupo de clubes da 777 Partners. Além do Cruz-Maltino, a empresa americana também administra o Genoa, da Itália, o Standard Liége, da Bélgica, e o Red Star, da França. Os americanos ainda têm um percentual do Sevilla, da Espanha.
